Resumo
O rápido envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. A demência - uma condição usualmente progressiva que afeta as funções cognitivas e a capacidade de realizar tarefas diárias - é mais comum nos idosos, mas não é parte do envelhecimento normal. Atualmente, mais de 55 milhões de pessoas no mundo vivem com essa condição e estima-se que, em 2050, aumentará para mais de 150 milhões. Além disso, de acordo com o relatório de atualização sobre o cenário global da demência, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de 2021, apenas um quarto dos países possuem políticas, estratégias ou planos nacionais para apoiar estes pacientes e suas famílias.
No Brasil, estima-se que há cerca de 2 milhões de pessoas com demência, sendo grande parte dos casos ainda não diagnosticados e a maioria depende do cuidado oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como em outras regiões do mundo, o aumento de casos no Brasil aponta a urgência de uma resposta dos serviços de saúde para atender as necessidades deste grupo.
Com base nisso, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), em parceria com o Ministério da Saúde, está elaborando um Relatório Nacional sobre a Demência (Projeto ReNaDe). Este relatório é executado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, uma das seis instituições de excelência que compõem o programa, e tem como objetivo apresentar um panorama atual da situação da demência entre os brasileiros, incluindo as necessidades e os custos do cuidado, bem como os investimentos nacionais em pesquisas sobre o tema. A iniciativa procura, através dos seus resultados, subsidiar tomadas de decisão em ações voltadas às pessoas com demência e seus familiares, incluindo a adequação de políticas públicas e o incentivo à produção de pesquisas sobre a temática.
Introdução
O rápido envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. A demência - uma condição usualmente progressiva que afeta as funções cognitivas e a capacidade de realizar tarefas diárias - é mais comum nos idosos, mas não é parte do envelhecimento normal. Atualmente, mais de 55 milhões de pessoas no mundo vivem com essa condição e estima-se que, em 2050, aumentará para mais de 150 milhões¹. Além disso, de acordo com o relatório de atualização sobre o cenário global da demência, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de 20212, apenas um quarto dos países possuem políticas, estratégias ou planos nacionais para apoiar estes pacientes e suas famílias.
No Brasil, estima-se que há cerca de 2 milhões de pessoas com demência, sendo grande parte dos casos ainda não diagnosticados3 e a maioria depende do cuidado oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como em outras regiões do mundo, o aumento de casos no Brasil aponta a urgência de uma resposta dos serviços de saúde para atender as necessidades deste grupo.
Com base nisso, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), em parceria com o Ministério da Saúde, está elaborando um Relatório Nacional sobre a Demência (Projeto ReNaDe). Este relatório é executado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, uma das seis instituições de excelência que compõem o programa, e tem como objetivo geral apresentar um panorama atual da situação da demência entre os brasileiros. Especificamente o estudo visa entender as necessidades de cuidado de pessoas que vivem com demência e de seus cuidadores, estimar os custos associados à demência, bem como os investimentos nacionais em pesquisas sobre o tema. A iniciativa procura, através dos seus resultados, subsidiar tomadas de decisão em ações voltadas às pessoas com demência e seus familiares, incluindo a adequação de políticas públicas e o incentivo à produção de pesquisas sobre a temática.
Métodos
- Necessidades de cuidado das pessoas com demência e seus cuidadores: será realizada uma análise das necessidades atuais de cuidado de pessoas que vivem com demência e seus familiares por meio de entrevistas domiciliares em municípios das cinco regiões do Brasil.
- Custo da demência no Brasil: será realizada uma estimativa do custo atual da demência no Brasil por meio das informações coletadas durante as entrevistas com pessoas com demência e seus cuidadores, bem como por meio de dados coletados em registros nacionais. Essas estimativas de custo também serão projetadas para os anos de 2030, 2040 e 2050, considerando diferentes cenários.
- Cenário de pesquisa e produção científica sobre a demência no Brasil na última década: serão analisados os investimentos feitos pelas agências de fomento em pesquisas que abranjam o tema de demência. Por meio de um estudo bibliométrico também serão analisadas as publicações científicas envolvendo pesquisadores brasileiros na última década. Assim, será possível ter uma ideia do investimento realizado em pesquisas e da produção científica na área da demência nos últimos dez anos no Brasil.
Resultados
O presente projeto ainda não possui resultados a serem apresentados, pois encontra-se em fase de execução, com previsão de término no segundo semestre de 2023. Todos os estudos serão compilados em um relatório detalhado, assim como em um resumo executivo, com linguagem clara e precisa, que serão divulgados para informar os tomadores de decisão e o público em geral sobre o panorama da demência no Brasil. O mesmo será lançado em um evento que será realizado em novembro de 2023.
Equipe
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Pesquisadores: Ari Alex Ramos, Fabiana da Mata e Laiss Bertola
Assistente administrativo: Caique Eduardo Felisbino
Gerente de Projetos: Haliton Alves de Oliveira Júnior
Coordenadora da Pesquisa: Cleusa Pinheiro Ferri
Coordenadora de Projetos: Ligia Fonseca Spinel
Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa (COSAPI/DAPES/SAS/MS)
Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT/ SECTICS/MS)