Projetos

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Regionalização
Fortalecimento dos processos de Governança, Organização e Integração da Rede de Atenção à Saúde: Regionalização

Fortalecimento dos processos de Governança, Organização e Integração da Rede de Atenção à Saúde: Regionalização

    Resumo

    Embora seja notório o avanço alcançado pelo SUS no decorrer dos últimos 30 anos, torna-se cada vez mais evidente a importância em superar a fragmentação das ações e serviços de saúde e qualificar a gestão do cuidado. Ao longo das três décadas do SUS, o planejamento, as responsabilidades de cada ente da federação, a gestão e os conceitos de governança têm sido muito discutidos e apresentam uma evolução permanente. 

    O SUS foi criado num país com diferenças na extensão e diversidade dos territórios socioeconômicos, com desigualdades regionais, culturais e políticas, e diversidades nas necessidades epidemiológicas, na oferta de serviços e na disponibilidade de recursos humanos, onde, conforme definido pela Constituição de 1988, cada ente federativo tem a responsabilidade de organizá-lo, de forma compartilhada, assegurando assim a integralidade da atenção à saúde. A operacionalização desta premissa resultou em importante movimento de municipalização da gestão das ações e serviços de saúde, potencializando o papel dos municípios na execução da política de saúde.

    O consequente avanço alcançado na descentralização político-administrativa do SUS na primeira década de sua implementação evidenciou a necessidade do enfrentamento de um conjunto de problemas para a efetiva garantia da integralidade da atenção à saúde. São destacadas algumas questões importantes nesse âmbito, tais como: as desigualdades das condições políticas, técnicas, financeiras e de necessidade de saúde dos municípios; a fragilidade das relações estabelecidas entre estados e municípios; e a competição entre os entes federados que inviabiliza a real autonomia dos municípios na gestão dos estabelecimentos e recursos financeiros de seu território.

    Apesar das ferramentas de gestão disponíveis para o planejamento em saúde, a organização dos serviços muitas vezes não pressupõe o trabalho em rede, resultando em sobrecarga do sistema, tanto no que tange à infraestrutura dos serviços quanto ao desempenho dos profissionais de saúde. A ausência de planejamento e de espaços de discussão que considerem as singularidades das Regiões de Saúde para a realização de ações otimizadas faz com que os recursos disponíveis sejam subutilizados tendo como fim resultados assistenciais que não condizem com as expectativas das políticas de saúde vigentes.

    Espera-se que, com a continuação do projeto, a gestão estratégica do SUS seja fortalecida no âmbito macrorregional, impactando positivamente no avanço do processo de regionalização da política de saúde brasileira.

    Introdução

    A iniciativa atua em 24 dos 26 estados brasileiros, com exceção de SP e RS, e no Distrito Federal, divididos em 95 macrorregiões de saúde  que recebem apoio técnico e metodológico  do HAOC e da  BP para o desenvolvimento do Planejamento Regional Integrado. Dentre os objetivos do projeto estão:

    • Contribuir metodologicamente com a implementação do PRI no território, orientado por um processo de planejamento ascendente e participativo;
    • Aprimorar o processo de trabalho das equipes das SES e das SMS em relação ao PRI, por meio de atividades de EP, com apoio técnico e metodológico dos HE;
    • Identificar o estágio atual de desenvolvimento do PRI nas MRS, com disponibilização de ferramentas de suporte à elaboração desse diagnóstico pelos HE;
    • Qualificar os processos relacionados à governança regional por meio do apoio teórico-metodológico para o aprimoramento do processo de monitoramento do PRI;
    • Monitorar e avaliar a execução do PRI em MRS aderidas ao projeto, instituindo painéis de monitoramento e produzindo um documento-síntese que aponte aspectos que possam contribuir com a qualificação dos futuros ciclos de PRI nos anos seguintes.

     

    Objetivos do Plano Nacional de Saúde aos quais o projeto se vincula:

    • Objetivo 01. Promover a ampliação e a resolutividade das ações e serviços da atenção primária de forma integrada e planejada;
    • Objetivo 02. Promover a ampliação da oferta de serviços da atenção especializada com vistas à qualificação do acesso e redução das desigualdades regionais;
    • Objetivo 03. Reduzir ou Controlar a ocorrência de doenças e agravos passíveis de prevenção e controle;
    • Objetivo 07. Aperfeiçoar a gestão do SUS visando a garantia do acesso a bens e serviços de saúde equitativos e de qualidade.

    Políticas públicas vinculadas:

    Política Nacional de Atenção Básica, Política Nacional de Promoção à Saúde, Política Nacional de Humanização, Políticas de Urgência e Emergência, de Vigilância em Saúde, Rede Materno Infantil e Rede de Atenção às Doenças Crônicas.

     

    Benefícios ao SUS:

    O avanço do processo de regionalização tende a interferir de forma positiva no acesso à saúde, pois permite: observar o modo como os determinantes sociais se comportam no território; projetar necessidades de organização dos serviços de forma ampla; estabelecer portas de entrada e hierarquia tecnológica com base em parâmetros de necessidade; e otimizar os recursos humanos e tecnológicos da região. Tudo isso permitirá a garantia progressiva de melhoria da resolutividade na atenção e da disponibilização de recursos sociais e políticos que incentivem o compartilhamento de responsabilidades entre os governos nos sistemas de saúde.

    Os sistemas integrados modelados em rede promovem melhorias na qualidade clínica e nos resultados sanitários, reduzem custos e ampliam a responsabilidade sanitária de profissionais/serviços, gerando maior satisfação aos usuários do sistema.

    Desta forma, espera-se que os gestores e profissionais atuantes na Rede de Atenção à Saúde (RAS) das macrorregiões que aderirem ao projeto elaborem seus processos de PRI e aprimorem a governança, por meio da utilização de critérios de identificação, priorização de problemáticas e elaboração de indicadores que permitam o monitoramento e a avaliação das ações programadas em prol da melhoria na qualidade da assistência prestada ao usuário, de modo que a metodologia utilizada seja replicável, com efeito duradouro e permeável às mudanças governamentais, seja de ordem municipal ou estadual.

    Métodos

    Para o alcance das entregas e objetivos propostos, o projeto compreende a entrega de cinco produtos que delineiam também as fases de execução: 

    • Documento de diretrizes teóricas e metodológicas para desenvolvimento do projeto, de comum acordo com CONASS, CONASEMS, MS, HAOC e BP.
    • Guia Operacional Básico (GOB), específico para cada fase do projeto, contendo as bases técnicas e metodológicas das atividades a serem desenvolvidas no território, de acordo com o referencial teórico-metodológico estabelecido, com participação do MS, CONASS e CONASEMS. 
    • Plano Operacional específico para cada fase do projeto, a ser elaborado em cada estado (em conjunto com o GCE) para suas respectivas MRS a partir do GOB e da base técnico-operacional e metodológica. 
    • Documento-síntese sobre o desenvolvimento das fases do projeto, apresentando: i) diagnóstico da situação da regionalização e do PRI nas MRS com seus estágios de desenvolvimento; ii) análise da situação de saúde e identificação das prioridades sanitárias nas MRS envolvidas no projeto; iii) organização dos pontos de atenção e programação macrorregional, com a inserção dos objetivos e metas nos instrumentos de planejamento dos entes federados componentes da MRS; iv) PRMS elaborados; v) painel de indicadores para acompanhamento e avaliação do PRMS. 
    • Realização de um seminário nacional para análise do processo de implementação do PRI apoiados pelo projeto e compartilhamento de experiência.

     

    É importante ressaltar que todas as fases e etapas serão desenvolvidas a partir de algumas premissas metodológicas que serão transversais, a saber:

    • Articulação com todos os atores estratégicos antes, durante e depois das ações do projeto, de modo que deverão ser estruturados grupos de condução nacional (GE), estaduais (GCE) e macrorregionais (GTM), com representatividade ampla desses atores; ο respeito ao processo histórico-institucional da regionalização nos estados, favorecendo uma construção que dê continuidade aos movimentos desencadeados ao longo da trajetória;
    • Flexibilização metodológica ao contexto singular, de forma que os guias operacionais básicos a serem construídos pelos assessores do projeto na esfera central, em colaboração com CONASS, CONASEMS e MS, tenham função de operacionalizar um conjunto de diretrizes técnicas e metodológicas, permitindo, contudo, sua customização em nível locorregional a partir do diálogo e da produção de consensos para construção dos planos de ação com os grupos condutores locais;
    • Organização das fases do projeto em ciclos que compreendem: realização de oficinas de alinhamento conceitual e metodológico, implementação no território, levantamento das necessidades de aprendizagem, avaliação e monitoramento e construção/efetivação da proposta metodológica para a fase seguinte;
    • Uso de ferramentas de tecnologias de informação e comunicação à distância para ampliar ao máximo a participação dos atores em âmbito locorregional e reduzir custos operacionais, especialmente quando da elaboração técnica dos produtos;
    • Indução de processos crítico-reflexivos, a partir de um olhar ascendente, ampliado e com foco nas necessidades de saúde, por meio de estratégias de mediação que estimulem a construção de desenhos organizativos das RAS que insiram a APS como sua ordenadora e coordenadora do cuidado, com ampla integração com a vigilância em saúde em todos os seus níveis e a oferta de serviços da atenção especializada, efetivamente integrada com a APS e organizada em escala e qualidade adequadas, de forma a garantir acesso e equidade;
    • Sinergia entre as iniciativas ou projetos de aprimoramento das ações de gestão, planejamento e regionalização da saúde, visando à organização e à governança da RAS;
    • Consideração da situação de covid-19, compreendendo as limitações operacionais decorrentes e garantindo a não sobreposição ou concorrência de agenda, e na medida da necessidade, apoio às ações de enfrentamento da pandemia e pós-pandemia.

    O desenvolvimento metodológico do projeto será coordenado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz que manterá a coordenação geral do projeto e dividirá a execução com o Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.  

    Os resultados esperados são o aprimoramento de práticas de planejamento, monitoramento e avaliação; e aprimoramento das práticas de cooperação na organização de serviços e ofertas.

    Resultados

    O Projeto Regionalização foi desenvolvido de forma colaborativa pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz e a BP- A Beneficência Portuguesa de São Paulo, alcançando no período de 2021 a 2023 os seguintes resultados:

    • 93 macrorregiões desenvolveram o Planejamento Regional Integrado (PRI) em 25 estados mais o Distrito Federal, tendo alcançado etapas diferentes, mas com aprendizado significativo no campo do planejamento ascendente e colaborativo.
    • 1175 profissionais das gestões municipais, estaduais e federais, compondo o Grupo Condutor Estadual, atuando na construção e acompanhamento dos produtos macrorregionais
    • 1 Livro que retrata todo percurso do Projeto e 5 Guias operacionais para desenvolvimento das fases do Planejamento Regional Integrado (PRI) disponíveis no link https://regionalizacao-proadisus.conasems.org.br.
    Equipe
    Beneficência Portuguesa de São Paulo
    Equipe

    Analistas:

    Fernanda Flaise

    Daniel Dias Macario

    Denise C. Ribeiro de Almeida

    Denise De Andrade Saavedra

     

    Administrativos:

    Adriana Gralhoz

    Thiago Canevaroli Tavares

     

    Assessores Técnicos:

    Hélio Neves

    Antônio Carlos Guimarães de Sousa Pinto

    Ana Emília Gaspar

     

    Equipe Pedagógica:

    Aniara Nascimento Corrêa Santos

    Maria Delzuita de Sá Leitão Fontoura Silva

    Samuel Brauer Nascimento

    Sueli Fatima Sampaio

     

    Analista de Dados e Monitoramento e Analista de Informação:

    Gabriella de Oliveira Marques

    Janaina Rosenburg Gioseffi

    Rubens Yoshimassa Moriya

     

    Assessores Matriciais:

    Carlos Pilz

    Giovanni Di Sarno

    Luana Carla Tironi de Freitas Giacometti

    Valdemar Kiyshi Murakami

     

    Articuladores:

    Ageu Quintanilha Viana Nascimento

    Alexandre Policarpo da Silva

    Carlos Pilz

    Domitilia dos Santos Fideles De Moraes

    Edivânia Lucia Araujo Santos Landim

    Fabiane Lima Simões

    Francisca Miriane de Araújo Batista

    Francisco Ivan Rodrigues Mendes Júnior

    Giorgia Regina Luchese

    Ligia Maria Machado Pereira dos Santos

    Lutigardes Bastos Santana

    Maria Cristina Fernandes Ferreira

    Marina Manzano Capeloza Pilz

    Redianne Medeiros da Fonseca

    Robert Lincoln Barros Melo

    Liderança

    Diretoria: Maria Alice Rocha

    Gerência: Dante Dianezi Gambardella

    Coordenadora do Projeto: Cinthia Costa

     

    Colaboração

    Hospital Alemão Oswaldo Cruz

    Área técnica

    Coordenação de Articulação e Apoio à Regionalização no SUS – COAREG

    Coordenação-Geral de Articulação Tripartite – CGAT

    Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa – DGIP

    Secretaria Executiva – SE

    Ministério da Saúde

    CONASS - Conselho Nacional de Secretários de Saúde

    CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais

     

    Hospital Alemão Oswaldo Cruz
    Equipe

    Analistas de Projeto:

    Karina Veglione

    Perla Sachs Kindi

    Sofia Camargo Collet

     

    Administrativo:

    Clara Maria dos Santos Ferreira

     

    Assessores Técnicos:

    Anderson Torreão

    Daniele Guerra

    Rubens Griep

    Cinthia Cristo

     

    Equipe Pedagógica:

    Evelyn Inamorato

    Lara Paixão

    Mariana Paes

     

    Analista de Dados e Monitoramento e Analista de Informação:

    Aline Kumow

    Andressa Anastacio

    Ligia Duarte

    Luiz Claudio Oliveira

     

    Assessores Matriciais:

    Anderson Dias

    Cinthia Cristo

    Everton Lopes Rodrigues

    Karina Calife

    Leda Lúcia Couto de Vasconcelos

     

    Articuladores:

    Alessandra Martins dos Reis

    Aline Fiori dos Santos Feltrin

    Carla Cisotto

    Cristina Magnabosco

    Guilherme Ávila Salgado

    Itanna Vytoria Serra

    Jeyson Murayama

    Joselma Alves da Silva

    Lavínia Aragão Trigo de Loureiro

    Liliane Cristina Nakata

    Manoel Henrique de Miranda Pereira

    Maria Alessandra Carvalho Albuquerque

    Maura Vanessa Sobreira

    Mauricio Durval de Sá

    Mayara Kelly Ramos

    Pedro Ivo Freitas de Carvalho Yahn

    Sergio Vinicius Cardoso de Miranda

    Thaís Maíra de Matos

     

    Assessoria de Sistematização

    Cicera Janaina Saraiva Passos

    Wandilson Aparecido Bicego

    Liderança

    Diretoria: Ana Paula Neves Marques de Pinho

    Gerência: Samara Kielmann Almeida dos Reis

    Coordenadora do Projeto: Lissandra Andion

    Colaboração

    BP - A Beneficiência Portuguesa de São Paulo

    Área técnica

    Coordenação de Articulação e Apoio à Regionalização no SUS – COAREG

    Coordenação-Geral de Articulação Tripartite – CGAT

    Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa – DGIP

    Secretaria Executiva – SE

    Ministério da Saúde

    Indicadores

    Profissionais capacitados 0
    Profissionais envolvidos em pesquisa 0
    Participantes envolvidos em pesquisa 0
    Profissionais envolvidos em projetos de gestão 0
    Profissionais-projeto envolvidos em ATS 0
    Quantidade de atendimentos planejados 0
    Quantidade de atendimentos realizados 0

    Abrangência

    Nenhuma instituição encontrada para este projeto.