Desenvolvido pelo Hcor - um dos serviços de referência nacional em cardiologia - o projeto Cardiopata Congênita apoiará instituições habilitadas pelo Ministério da Saúde (MS) como Centro de Referência em Alta Complexidade Cardiovascular no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), buscando fornecerá um modelo estruturante de transferência de tecnologia às instituições para ampliar a capacidade de atendimento ao cardiopata congênito na Rede de Atenção à Saúde do país.
As anomalias congênitas, doenças desemvolvidas antes do nascimento do bebê, especialmente as do sistema cardiovascular, têm impacto na mortalidade infantil e representam cerca de 40% das malformações. Estima-se que globalmente cerca de 130 milhões de crianças tenham algum tipo de cardiopatia congênita, o que equivale a aproximadamente um caso a cada cem nascimentos, resultando em 1,35 milhão de novos casos anualmente, segundo dados da American Heart Association (AHA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 29 mil crianças nascem com cardiopatia congênita a cada ano, e 6% desses casos resultam em óbito antes do primeiro ano de vida. Além disso, a apresentação grave da doença, após o nascimento, é responsável por cerca de 30% das mortes no período neonatal. Apenas 20% dos casos evoluem para a resolução espontânea, mostrando que aproximadamente 80% dos pacientes necessitarão de intervenção cirúrgica em algum momento de suas vidas, e metade desses casos exigirá o procedimento já no primeiro ano de vida.
O tratamento precoce das cardiopatias congênitas desempenha um papel crucial na prevenção de internações sequenciais, devido a complicações da doença. O desafio para o qual o projeto Cardiopata Congênita busca soluções diz respeito à diminuição de filas de usuários que necessitam do atendimento especializado e à necessidade de qualificação e estruturação da rede de atenção à saúde. Assim, ele oferta transferência de tecnologia, o que direta ou indiretamente irá refletir na diminuição de mortes evitáveis, sequelas desnecessárias, deterioração clínica e/ ou reinternações em virtude de tratamento inadequado.
O objetivo geral do trabalho consiste em apoiar instituições participantes do projeto a expandirem suas ações no atendimento aos cardiopatas congênitos, do feto ao adolescente, no SUS, com transferência de tecnologia e expertise e monitoramento dos casos atendidos, por meio de insumos técnicos e soluções de saúde digital.
O projeto apoiará até três instituições habilitadas pelo Ministério da Saúde como Centro de Referência em Alta Complexidade Cardiovascular no âmbito do SUS, que tenham potencial para melhorar o desempenho em produção e complexidade assistencial. O intuito é oferecer um projeto-modelo estruturante de transferência de tecnologia.
O escopo contempla as seguintes entregas:
Gerente - Patricia Vendramim
Coordenadora - Simone R S Ascenção
Especialista de projeto - Larissa Ramos Neves de Araujo
Especialista de projeto - Adryel Vieira Caetano da Silva
Especialista de projeto - Adriana Cristina da Cunha Alves