Resumo

O Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (SCUP)  é um produto rico em células-tronco. A imaturidade de seu sistema imunológico permite o uso de unidades com menor compatibilidade, mantendo resultados semelhantes ao transplante com doadores não aparentados totalmente compatíveis — por isso, é considerado uma fonte alternativa para os pacientes que necessitam de um transplante de medula óssea.

Em 2004, foi criada a rede de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP), com o objetivo de criar bancos estrategicamente distribuídos pelo país, garantindo uma grande variabilidade genética para atender a demanda de pacientes com indicação de transplante.

Diante disso, o projeto Brasilcord, sob Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes (CGSNT/SAS), tem como objetivo propiciar a manutenção das unidades congeladas de SCUP no banco de sangue de cordão umbilical do Hospital Israelita Albert Einstein para que sejam oferecidas a qualquer cidadão brasileiro que necessite de transplante de medula óssea, sem doador familiar HLA-compatível.


Introdução

O Banco de Sangue de Cordão Umbilical do Einstein faz parte da rede desde 2004 e mantém em torno de 6.482 unidades criopreservadas. 

Desde 2007, têm sido implementadas estratégias associadas à maior probabilidade de enxertia e melhor desfecho no transplante. As duas principais estratégias que podem ser destacadas são: o critério de celularidade mínima para armazenamento foi estabelecido com um valor superior ao mínimo recomendado pela legislação vigente; e a certificação de qualidade pelo Foudation for the Accreditation of Cellular Therapy (FACT) - que busca maior qualidade das células a serem armazenadas/disponibilizadas. 

As células armazenadas por meio deste projeto são disponibilizadas pelo RenaCord, sistema do BrasilCord, para que o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME) possa realizar a busca de unidades compatíveis com pacientes indicados para o transplante por meio do REDOME. 

As unidades coletadas e congeladas ficam disponíveis na rede para qualquer paciente no Brasil que necessite deste procedimento. Nos últimos anos, em virtude da incorporação de novos protocolos de transplante alogênico nos centros transplantadores, a procura por bolsas de SCUP tem reduzido. Frente a esta mudança na utilização, desde dezembro de 2017, as coletas foram suspensas, sendo mantida apenas a preservação das bolsas congeladas de SCUP no banco de sangue de cordão umbilical do Einstein.

Durante o triênio 2018-2020, manteve-se apenas o armazenamento dos SCUPs previamente coletados. Neste cenário, por demanda do Sistema Nacional de Transplantes, os objetivos do projeto para o triênio 2021-2023 são realizar a manutenção das unidades de SCUP já criopreservadas no Einstein e disponibilizar as eventualmente compatíveis, selecionadas e solicitadas para receptores inscritos no REREME.


Métodos

O banco irá manter as unidades de SCUP já criopreservadas no Einstein dentro de parâmetros estabelecidos para garantir a qualidade e capacidade de proliferação e diferenciação adequada para utilização no transplante.

As unidades estarão disponíveis para todos os pacientes cadastrados no REREME, que é o responsável por solicitar o envio de unidades para centros transplantadores. Todos os profissionais envolvidos nestes processos estão treinados e capacitados para as atividades.


Equipe

  • Hospital Israelita Albert Einstein

    Liderança

    Kelen Cristina Arcuri Alvarez - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP


    Equipe

    Jose Mauro Kutner - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP

    Andrea Tiemi Kondo - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP

    Rosane Camargo Tokimatsu de Castro Brandao - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP

    Luciana Parisi Fernandes - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP


    Colaboração

    Área Técnica

Indicadores

1
Quantidade de profissionais
envolvidos em atividades de gestão

Instituições

  • São Paulo

    hospital israelita albert einstein

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