Resumo

Poucas opções terapêuticas eficazes atendem pacientes com linfoma e leucemia que não responderam aos tratamentos disponíveis, fazendo com que enfrentem prognósticos desfavoráveis. Uma opção para este grupo seria adotar o transplante de células CAR-T (sigla em inglês para chimeric antigen receptor ou receptor antígeno quimérico, sendo T as células do sistema imunológico que atuam na defesa do organismo), modalidade avançada de tratamento com aplicação limitada pela falta de acesso e altos custos associados à importação dos produtos.

Conduzido pelo Hospital Israelita Albert Einstein, o projeto CAR-T propõe desenvolver a terapia com células CAR-T localmente a um custo menor e com disponibilidade mais rápida. Isso possibilitará levar o tratamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) e, a longo prazo, adotá-lo em maior escala, ampliando o acesso para mais pacientes diagnosticados com leucemias e linfomas refratários.


Introdução

A leucemia linfoblástica B aguda ou linfoma linfoblástico é um tipo de câncer que afeta as células B do sistema imunológico, que se encontram em desenvolvimento. Os tratamentos incluem quimioterapia e podem curar de 85% a 90% de pacientes crianças e 40% a 50% de adultos.

O tratamento com células CAR-T, utilizado para diversos tipos de tumores, abrange a Leucemia Linfoblástica Aguda de células B (LLA-B), o Linfoma Não Hodgkin (LNH) e a Leucemia Linfóide Crônica (LLC). Atualmente, adotar o transplante de células CAR-T representa o que há de mais avançado em tratamento oncológico. Essa modalidade de terapia requer competência técnica altamente especializada, e é comercialmente disponibilizada a um custo muito elevado.

O objetivo do projeto CAR-T é adotar esta terapia com células CAR-T para tratar pacientes com neoplasias B malignas refratárias (sem controle) ou recidivadas (recorrentes). Isso implica em dominar as etapas críticas da terapia, desde a tecnologia para produção de células CAR-T, segundo as Boas Práticas em Células Humanas para Uso Terapêutico e pesquisa clínica, até a infusão dessas células e seguimento clínico dos pacientes que passaram pelo tratamento.

 


Métodos

  • Seleção de pacientes para o protocolo de tratamento, baseada em indivíduos com neoplasias B malignas (linfoma e leucemia de células B) refratárias ou recidivadas;
  • Produção local de células CAR-T por meio de técnicas orientadas pelas Boas Práticas em Células Humanas para Uso Terapêutico e pesquisa clínica;
  • Infusão das células CAR-T nos pacientes selecionados para receber o tratamento;
  • Descrição da taxa de resposta geral, taxa de resposta completa e doença residual mínima (DRM) das malignidades recidivadas de células B tratadas com células CAR - T direcionadas ao CD19;
  • Descrição da persistência das células CART - T CD 19 e alterações fenotípicas;
  • Investigação da correlação entre a concentração plasmática de citocinas e a subpopulação de células T após a infusão de células CAR-T;
  • Acompanhamento clínico dos pacientes após o tratamento com células CAR-T. 

  • Resultados

    O projeto tem o intuito de desenvolver uma terapia inovadora com células CAR-T para tratamento de pacientes com neoplasias B malignas refratárias ou recidivadas. Esse desenvolvimento implica em dominar todas as etapas críticas dessa modalidade terapêutica, desde a tecnologia para produção de células CAR-T segundo as Boas Práticas em Células Humanas para Uso Terapêutico e pesquisa clínica, até a infusão dessas células e seguimento clínico dos pacientes. 


    Equipe

    • Hospital Israelita Albert Einstein





    Indicadores

    17
    Quantidade de profissionais
    envolvidos em pesquisa
    13
    Quantidade de participantes
    envolvidos na pesquisa

    Instituições

    • São Paulo

      hospital israelita albert einstein

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