A utilização de evidências científicas como subsídio da tomada de decisão, desde a identificação de problemas de saúde relevantes, até a escolha política de opções para o enfrentamento destes, depende da capacidade das organizações e dos formuladores de políticas no acesso ao conhecimento disponível e utilização de forma transparente, sistemática e adequada.
O uso da pesquisa em saúde para produzir programas e políticas com maior efetividade é uma necessidade global, especialmente em regiões com maior escassez de recursos. Nesse contexto, o projeto DIDPIE, conduzido pelo Hcor, atuará no desenvolvimento, implementação e disseminação das Políticas Informadas por Evidências (PIE), por meio do apoio na elaboração técnica, revisão e avaliação de diretrizes metodológicas, desenvolvimento de estudos secundários, capacitações, tradução e adaptação local de ferramentas internacionais. Além disso, a iniciativa contribui com ações na área de comunicação de evidências para gestores de saúde, visando o fortalecimento da rede nacional.
O projeto está dividido em seis eixos, que se referem à elaboração de documentos (diretrizes metodológicas, estudos de revisão de literatura, ferramentas de PIE internacionais traduzidas e adaptadas ao contexto nacional, guia de comunicação científica e materiais de divulgação sobre o tema), apoio na execução de estudos secundários, a partir de validações de estratégia de busca de estudos realizados pelo Ministério da Saúde. Adicionalmente, o programa também oferta três cursos – introdutório, intermediário e de metodologia de busca de evidências científicas.
Em 2021, foram disponibilizados três documentos: um estudo secundário, a primeira versão da diretriz metodológica sobre diálogos deliberativos; uma ferramenta de PIE internacional traduzida para adaptação ao contexto nacional; e dois materiais jornalísticos para divulgação das entregas e temas de PIE, além da disponibilização do curso introdutório para interessados.
Este projeto está vigente desde o triênio 2018-2020 e, atualmente, a iniciativa prevê a parceria com instituições nacionais e com experiência no desenvolvimento de PIE, como Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, Instituto Veredas de Brasília, Instituto de Saúde de São Paulo e Universidade Federal de Minas Gerais.
Área técnica responsável pelo projeto no Ministério da Saúde: Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE); Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT).
Justificativa e relevância do projeto para o SUS:
A produção e adaptação de materiais e capacitação de recursos humanos do SUS podem subsidiar o desenvolvimento, implementação, avaliação e monitoramento de políticas públicas efetivas para responder os problemas e demandas sociais da população.
A iniciativa visa melhorar o uso das evidências científicas na formulação e implementação de políticas de saúde, incluindo processos de tradução para disseminação do conhecimento, considerando sempre as diversas realidades locais. A produção e adaptação de materiais e capacitação de recursos humanos do SUS podem subsidiar o desenvolvimento, implementação, avaliação e monitoramento de políticas públicas efetivas que impactem positivamente os pacientes usuários do SUS.
O projeto está dividido em seis eixos:
Eixo 1: visa a elaboração e disseminação de diretrizes metodológicas para apoio à tomada de decisão em saúde, por meio da construção coletiva com especialistas nacionais. Os temas foram definidos em conjunto com o Ministério da Saúde;
Eixo 2: sobre a elaboração de estudos secundários (revisões sistemáticas, ou de escopo, rápidas, sínteses de evidências rápidas, inventário de referências, sumário de resumos, entre outros documentos) na área de PIE e apoio na avaliação de estratégias de busca de estudos desenvolvidos pelo Ministério da Saúde. Serão também realizados apoio na elaboração de estudos secundários, a partir de validações de 45 estratégias de busca de estudos realizados pelo MS e capacitação;
Eixo 3: consiste em Capacitação em Políticas Informadas por Evidências, por meio de cursos introdutório e intermediário, além de metodologia de busca de evidências científicas. São cursos da modalidade de Educação à Distância (EAD) para identificar o que é PIE, disseminar o conhecimento sobre a elaboração de síntese de evidências para políticas públicas, a partir da Diretriz Metodológica de Síntese de Evidências para Políticas, capacitar profissionais para realizar busca de evidências científicas;
Eixo 4: traduzir e adaptar ferramentas internacionais, para aproveitar e disseminar os documentos relevantes, em português, em âmbito nacional;
Eixo 5: Comunicação de Evidências Científicas para Gestores em Saúde, por meio da produção coletiva de um guia de Comunicação de evidências científicas para apoio à tomada de decisão;
Eixo 6: fortalecer a rede nacional de PIE, considerando a divulgação ampla de materiais desenvolvidos pelo projeto, como vídeos, áudios e materiais gráficos.
Em 2021, foi prevista a entrega de três documentos: um estudo secundário, a primeira versão da diretriz metodológica sobre diálogos deliberativos, uma ferramenta de PIE internacional traduzida para adaptação ao contexto nacional e dois materiais jornalísticos para divulgação das entregas e temas de PIE, além da disponibilização do curso introdutório de PIE para qualquer interessado.
Para o triênio, esperam-se as seguintes entregas: duas diretrizes metodológicas, oito estudos de revisão de literatura, 45 validações de estratégia de busca, 1000 capacitados no curso introdutório, 100 no curso intermediário e 100 em metodologia de busca de evidências científicas, seis documentos internacionais traduzidos e adaptados ao contexto nacional, um guia de comunicação científica e 16 materiais jornalísticos de divulgação dos resultados do projeto e temas gerais de PIE.
Cleusa Ramos Enck
Joslene Menezes Rodrigues
Gizelda Monteiro da Silva
Enilda Maria de Sousa Lara
Sidney Marcel Domingues
Mabel Fernandes Figueiró
Tatiana Yonekura
O projeto prevê a parceria com instituições nacionais e com experiência no desenvolvimento de PIE, como Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, Instituto Veredas de Brasília, Instituto de Saúde de São Paulo e Universidade Federal de Minas Gerais.
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE)
Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT)