Considerando o grande volume de pessoas com histórico de infecção pelo coronavírus, os Hospitais Moinhos de Vento e Hospital Israelita Albert Einstein, desde o ano de 2021, vêm promovendo um ensaio clínico randomizado, focado em pacientes internados nas UTIs com quadro de insuficiência respiratória aguda submetidos à ventilação mecânica.
Os pacientes que participarão tem o potencial de serem acometidos pela síndrome pós-cuidados intensivos ou pela Covid Longa. Os sintomas podem atingir múltiplos sistemas orgânicos, incluindo o respiratório, cardiovascular, musculoesquelético e nervoso e domínios de saúde, tanto física, quanto mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente de 10 a 20% das pessoas desenvolveram sintomas persistentes, aqueles que ainda são encontrados, quatro semanas ou mais, após a primeira identificação do vírus.
Pesquisadores da área da saúde enxergam estas condições como algo crescente, já que o coronavírus não foi erradicado do Brasil, além de tantas outras condições como influenza sazonal, pneumonias bacterianas, tuberculose etc. Portanto, o projeto Rehab-VM busca alternativas para melhorar o tratamento destes pacientes internados, que fazem uso de respiração mecânica.
O projeto REHAB – VM Brasil é um ensaio clínico randomizado em grupos, incluindo todos os pacientes internados nas UTIs dos hospitais participantes do estudo com insuficiência respiratória aguda hipoxêmica submetidos à ventilação mecânica. No último triênio, o projeto desenvolveu os chamados bundles, que são pacotes de reabilitação precoce para pacientes internados com insuficiência respiratória aguda (IRpA), com suspeita de Covid-19, e neste triênio irá implementar e avaliar o impacto destes pacotes na qualidade de vida do paciente.
Por se tratar de um projeto colaborativo, os hospitais participantes assumem diferentes papéis dentro do projeto. O Einstein ficará responsável pelas seguintes tarefas:
Já o Hospital Moinhos de Vento será responsável por:
O objetivo do projeto é avaliar o impacto de intervenções (incluindo pacotes-bundles específicos de prevenção e reabilitação precoces e estratégias de desospitalização) em desfechos de interesse de curto e longos prazos, em pacientes graves acometidos por sequelas de internação por insuficiência respiratória aguda hipoxemia, submetidos à ventilação mecânica e com suspeita de Covid-19.
O projeto propõe-se a avaliar o impacto de bundles – já criados no último triênio – específicos de prevenção e reabilitação precoces. Tais planos são focados em três domínios, UTI, enfermaria e pós alta, a saber:
O projeto tem o intuito de avaliar o impacto de intervenções precoces (incluindo pacotes-bundles) específicos de prevenção/reabilitação precoce e estratégias de desospitalização) em desfechos de interesse de curto prazo e longo prazo em pacientes graves acometidos por sequelas de internação por insuficiência respiratória aguda hipoxêmica submetidos à ventilação mecânica, com suspeita de COVID-19.
Adriano Jose Pereira Maura Cristina Dos Santos
Geraldine Trott Regis Goulart Rosa
Raine Fogliati de Carli Duane Mocellin Rosa da Rosa Jennifer Menna Barreto Aline Miozzo Gabrielle Nunes Nathalia Pinhatti Christian Moraes Rafael Barberena João Gozzi Ingrid Flor dos Santos Marcio Ramos Laguna Juliana de Oliveira Isadora Rebolho Sisto Camilli Galvão Moller Camilli Lacerda Correa Gabriela Rech Thiago Santos Robalo
Jéssica da Silva Rodrigues, Coordenadora (CCAP/CGPROADI/DECOOP/SE/MS). Carlos Augusto Grabois Gadelha, Secretário(a) de Ciência ,Tecnologia e Inovação Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS).