Os inquéritos de saúde são pesquisas adotadas para coletar dados sobre as condições de saúde, estilo de vida e fatores que afetam a saúde da população, ajudando a identificar padrões, tendências e desigualdades existentes. Isso permite definir políticas e monitoramentos específicos, voltados para melhorar a assistência à população.
Devido à transição epidemiológica vivenciada nas últimas décadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva a realização desses inquéritos para acompanhar doenças crônicas e apoiar ações de saúde. Além disso, estas pesquisas podem ter um caráter investigativo, como a pesquisa Busca Ativa, que visa corrigir a subnotificação de nascimentos e óbitos infantis, por exemplo.
Vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, o projeto EDIS-Bio apoia e fortalece grandes inquéritos de saúde e pesquisas, focando no aprimoramento de técnicas de coleta, armazenamento e disseminação de dados. Suas entregas incluem:
Além disso, o projeto propõe criar duas plataformas para análise de indicadores de inquéritos do MS. A primeira é voltada para a gestão em saúde, fornecendo informações estratégicas sobre a evolução de doenças crônicas, fatores de risco e proteção, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A segunda plataforma é direcionada à academia, visando apoiar universidades e pesquisadores no desenvolvimento de estudos e na análise de indicadores de saúde abordados nas pesquisas.
O desenvolvimento de inquéritos populacionais e pesquisas de campo pelo Ministério da Saúde (MS), em parceria com outras instâncias, visa ampliar o entendimento sobre a saúde da população brasileira. Esses estudos ajudam na formulação de políticas públicas, no acompanhamento de indicadores e na condução de pesquisas científicas importantes.
Para aprimorar essas pesquisas em nível nacional, é necessário adotar técnicas e ferramentas inovadoras que melhorem a experiência dos participantes e reduzem perdas, equilibrando custo e benefício. Assim, entre os benefícios que o projeto EDIS-Bio traz para o Sistema Único de Saúde (SUS) temos:
O projeto EDISBio busca implementar técnicas e ferramentas inovadoras para melhorar a experiência dos participantes, reduzir perdas e equilibrar custo-benefício. Além disso, ele incluirá a validação de novas técnicas para coletar amostras biológicas e o uso de inteligência artificial para mapeamento geoespacial, melhorando a eficiência das pesquisas e reduzindo custos.
Entre os objetivos do projeto estão o desenvolvimento de soluções para acessar indicadores e biomarcadores de doenças crônicas não-transmissíveis, integração de dados históricos dos inquéritos nacionais de saúde, realização de estimativas a partir de diversas fontes e criação de modelos analíticos dos principais inquéritos conduzidos pelo Ministério da Saúde.
O projeto está alinhado com o Plano de Ações Estratégicas para Enfrentamento de Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis no Brasil (2021-2030). Além de obter dados para monitorar doenças crônicas e seus fatores de risco, o projeto EDISBio destacará indicadores de saúde importantes para a gestão e formulação de políticas públicas. A parceria com o Einstein permitirá a implementação de tecnologias avançadas e práticas inovadoras no SUS, melhorando a gestão de recursos e o atendimento. A disseminação de conhecimento científico também ajudará a combater notícias falsas e fortalecer políticas públicas de saúde.
O projeto é composto por cinco entregas principais:
Entrega 1 – Data Products
Desenvolvimento de uma plataforma para visualização de dados de inquéritos populacionais. Envolve levantamento de requisitos, design thinking - abordagem centrada no ser humano para resolver problemas de forma criativa e inovadora- com usuários finais, prototipagem, desenvolvimento do produto e validação.
Entrega 2 – Pesquisa Nacional de Saúde
A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e coordenada pelo Ministério da Saúde, é o maior inquérito de saúde no Brasil e terá sua terceira edição em 2024/25. O objetivo é fornecer informações detalhadas sobre determinantes e necessidades de saúde para melhorar a formulação de políticas públicas. A pesquisa deverá atingir cerca de 135 mil domicílios e incluirá três questionários e aproximadamente 700 questões distribuídas em 20 módulos. Também serão coletados dados antropométricos e de pressão arterial.
O PROADI apoiará com:
A segunda frente, com base em estimativas do IBGE, envolve uma amostra representativa da população das capitais brasileiras, totalizando 8.791 domicílios, com a seleção de um participante por domicílio para a coleta de material biológico. Ela ocorrerá em 6 etapas:
Entrega 3 – Estudo Punção Digital
O estudo focará na avaliação da punção digital como método para coleta de amostras de sangue, visando analisar biomarcadores de riscos cardiovasculares e metabólicos, como doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. A punção digital é uma técnica simples, que usa uma pequena amostra de sangue coletada do dedo para análise em papel filtro.
Entrega 4: Pesquisa e Busca Ativa
Apoiar o Ministério da Saúde na realização da pesquisa Busca Ativa e na construção de fatores de correção para as estatísticas vitais.
Entrega 5: Publicações Objetivo Específico
Apresentar artigos científicos que envolvam o uso de dados e análises avançada.