O projeto tem o objetivo de promover a ampliação do acesso ao diagnóstico precoce e à assistência aos cardiopatas congênitos no Brasil, por meio de diversas iniciativas, incluindo:
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3% dos recém-nascidos em todo o mundo apresentam algum tipo de anomalia congênita, resultando na morte de 300 mil crianças nas primeiras quatro semanas de vida. No Brasil, aproximadamente 1% dos nascidos vivos (cerca de 24 mil por ano) é registrado com anomalias congênitas no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Entre essas condições, as Cardiopatias Congênitas (CC) são o segundo tipo mais frequente de malformação, com prevalência crescente de 16 casos para cada 10 mil nascidos vivos em 2022, segundo dados nacionais. Elas também estão entre as principais causas de mortalidade infantil, embora haja subnotificação significativa em relação às estimativas globais.
Essas anomalias podem ser identificadas durante o pré-natal, no nascimento ou posteriormente. Apesar de muitas serem prevenidas ou tratadas, ainda representam uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil, além de gerarem grandes impactos sociais e financeiros para famílias e sistemas de saúde. O aumento da prevalência das CC reforça a necessidade de melhorar as estratégias de diagnóstico e intervenção precoce na Rede de Atenção à Saúde (RAS), visando reduzir a morbimortalidade associada.
Neste contexto, o projeto busca fortalecer as estratégias de gestão, diagnóstico e intervenção precoce, alinhando-se à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) e à Rede Alyne, programa do Governo Federal que busca reduzir a mortalidade materna e de bebês. Ele será estruturado em três eixos principais:
O diagnóstico situacional permitirá compreender melhor as deficiências na assistência e direcionar investimentos e esforços para promover acesso integral e equitativo aos pacientes com Cardiopatias Congênitas. As informações levantadas serão discutidas em conjunto com gestores de saúde municipais, estaduais e federais, além de instituições parceiras, para planejar e implementar ações de fortalecimento do diagnóstico precoce e da assistência.
Um dos pilares do projeto é a capacitação de profissionais da RAS por meio de cursos online, oficinas presenciais, teleconsultorias com especialistas, materiais educativos e aquisição de tecnologias. Essa abordagem educacional visa não só preparar os profissionais para lidar com a doença, como ainda fomentar uma rede colaborativa de apoio, ampliando o acesso ao diagnóstico e ao tratamento dessas condições.
O plano de trabalho prevê 26 meses de execução, abrangendo o período de 2024 a 2026. Durante esse tempo, o projeto pretende trazer avanços significativos para a saúde materno-infantil e o manejo das Cardiopatias Congênitas no Brasil.
Para alcançar os objetivos estabelecidos neste projeto, este documento apresenta a implementação prática organizada em três eixos distintos:
Jaqueline Radin, https://www.linkedin.com/in/jaqueline-radin-886076a9/, http://lattes.cnpq.br/4436137633790929
Bruna Luiza Holand http://lattes.cnpq.br/5725722475086637
Daniela Dal Forno Kinalski Guaranha http://lattes.cnpq.br/9239710496792305
Marcilene Batista Costa http://lattes.cnpq.br/3460031819012525
Vanessa Monteiro Mantovani, https://www.linkedin.com/in/vanessa-monteiro-mantovani-b27021132/, http://lattes.cnpq.br/8296138165606384
Coordenação - Geral de Atenção Especializada
Secretaria de Atenção Especializada a Saúde (SAES)