Resumo

No Brasil, a hipertensão arterial, o diabetes mellitus e o cuidado pré-natal desafiam a saúde pública, visto que passaram a ser a principal causa de morbidade e mortalidade no Brasil. O cenário epidemiológico atual aponta que a hipertensão afeta 27,9% dos adultos brasileiros, sendo uma das principais causas de infarto, AVC e insuficiência renal, enquanto o diabetes mellitus, que atinge 10,2% da população adulta, pode gerar complicações renais, oculares e cardiovasculares, se não tratado adequadamente. Neste contexto, estratégias integradas de prevenção e manejo eficaz especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS), são de suma importância. 

O acompanhamento de condições de saúde no Brasil, como o pré-natal também é um desafio para a APS. Barreiras de acesso e a adesão e qualidade do acompanhamento, impactam diretamente a saúde das gestantes e dos bebês, refletidos nos índices de mortalidade materna e neonatal, ainda distante do desejável em determinadas regiões do país.


Introdução

As condições crônicas, como hipertensão e diabetes, são algumas das principais causas de adoecimento e morte no Brasil, fato que exige que o sistema de saúde esteja bem estruturado para o atendimento adequado desses pacientes. O Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC), foi proposto no Brasil como parte de uma estratégia do Ministério da Saúde para enfrentar o crescente desafio das doenças crônicas no país. O principal objetivo do MACC é reorganizar o sistema de saúde para que ele possa oferecer um cuidado mais eficiente e eficaz .

Este cenário reforça a necessidade de qualificação das equipes da APS, para garantir atendimento mais eficiente e equitativo. O projeto Manejo Clínico APS tem como objetivo capacitar os profissionais em níveis médio, técnico e superior para o manejo de hipertensão, diabetes e assistência pré-natal, integrando diretrizes existentes à prática diária por meio de uma abordagem interdisciplinar e em rede. 


Métodos

O projeto será desenvolvido em duas fases: primeiro, com a formação de multiplicadores - profissionais já atuantes na APS, preferencialmente médicos ou enfermeiros, que receberão formação aprofundada para atuarem como facilitadores locais e terão papel estratégico na disseminação de conhecimentos, adaptando os conteúdos às realidades das equipes; e, depois, serão realizadas oficinas de capacitação para profissionais da APS.

Para conduzir a iniciativa, três grupos de trabalho serão criados:

  • Grupo Executivo: responsável pela gestão e monitoramento do projeto.
  • Grupo Pedagógico: elaboração de conteúdos e metodologias de ensino.
  • Grupo Acadêmico: suporte técnico-científico e avaliação dos resultados.
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    Espera-se que o projeto contribua com maior qualificação dos profissionais e promova a mudança na prática profissional.


    Equipe

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