As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são ambientes de risco, onde processos e dispositivos invasivos — que podem causar infecções e aumentar o tempo e o custo da internação — são necessários para a manutenção da vida. Mesmo que os danos, na maioria das vezes, não sejam intencionais, podem acarretar em prejuízos físicos, emocionais, sociais e até fatais aos pacientes. As IRAS são exemplos dessas condições que causam danos ao paciente.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos países em desenvolvimento, 10 em cada 100 pacientes hospitalizados ficam expostos a infecções associadas a cuidados de saúde. No Brasil, o cenário não é diferente: acredita-se que cerca de 70% dos danos registrados nos hospitais do país são evitáveis. Assim, o Ministério da Saúde (MS) instituiu, em 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que contribui para a qualificação do cuidado nos estabelecimentos de saúde públicos e privados.
O projeto foi elaborado de forma colaborativa pelos hospitais PROADI-SUS e pelas equipes técnicas da Coordenação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), Coordenação Geral de Atenção Hospitalar e de Urgência do Departamento de Atenção Hospitalar da Secretaria de Atenção à Saúde (CGHOSP/DAHU/SAS/MS).
Alinhado ao Plano Nacional de Saúde (PNS), o Saúde em Nossas Mãos espera reduzir, em médio prazo, a incidência dos principais indicadores de infecção hospitalar, além de disseminar o modelo de melhoria para outras unidades e hospitais, bem como demonstrar o impacto financeiro com a prevenção das infecções. A longo prazo, a expectativa é contribuir com a mudança da cultura das organizações de saúde com relação à segurança do paciente.
Entre os anos de 2021 e 2023, o Saúde em Nossas Mãos conta com a participação de 204 hospitais, o que representa um aumento de 76% em comparação ao triênio passado. A expectativa é impactar 2.843 leitos de UTI adulto, além de 17 UTI pediátricas e 7 UTI neonatais, a fim de tornar os ambientes mais seguros e reduzir as IRAS em 30%, num período de 24 meses.Elaborado de forma colaborativa pelos hospitais PROADI-SUS e pelas equipes técnicas da Coordenação do PNSP e da Coordenação Geral de Atenção Hospitalar e de Urgência do Departamento de Atenção Hospitalar da Secretaria de Atenção à Saúde (CGHOSP/DAHU/SAS/MS), o projeto utiliza uma metodologia que pressupõe a participação ativa de todos os envolvidos, baseada no propósito de “todos ensinam e todos aprendem”. Além dessas práticas, serão implementados ou aprimorados protocolos de higienização das mãos.
O projeto utiliza a metodologia denominada “modelo de melhoria”, orientada pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) e utilizada com sucesso em várias iniciativas ao redor do mundo. Primeiramente, é feito um teste em pequena escala, em um grupo de pacientes e profissionais da saúde, que resulta em aprendizado e adaptações.
Uma vez testado e implantado, procede-se para o restante da unidade progressivamente. A capacitação das equipes acontece por meio de encontros virtuais e presenciais, permitindo uma rica troca de experiência entre os hospitais. As melhorias implantadas são monitoradas por indicadores e por visitas técnicas in loco, realizadas pelas equipes dos hospitais de excelência.
São compostas equipes multidisciplinares nas diferentes áreas de interesse em torno da UTI, além da nomeação de líderes de projeto em cada hospital, responsáveis por engajar as equipes e estimular a implementação de práticas seguras, a partir das metodologias e ferramentas específicas de qualidade e segurança do paciente.
Além dessas frentes, o projeto prevê a incorporação de uma rotina de coleta de dados e indicadores relacionados aos protocolos utilizados pela iniciativa. Assim, é possível uma análise mais precisa de indicadores como a quantidade de vidas salvas e a economia gerada para o SUS. Ao final, espera-se que os profissionais utilizem o método, as ferramentas e técnicas necessárias para trabalhar a implantação de protocolos de segurança nos hospitais.
Cada grupo, composto por 34 hospitais, será acompanhado por um hospital do PROADI-SUS, denominado HUB, responsável por compartilhar e trocar experiências relacionadas à execução das boas práticas assistenciais, e por aprimorar a equipe na metodologia. Esse suporte contínuo às equipes ocorrerá por meio das sessões de aprendizagem e pelas visitas técnicas, ambas presenciais e virtuais.
Para participar, o hospital deve corresponder aos seguintes critérios de seleção do Ministério da Saúde:
Resultados do primeiro triênio (2018-2020)
A iniciativa encerrou seu primeiro triênio de atuação no final de 2020. Em três anos, foram evitados 7.634 casos de IRAS em 116 hospitais públicos do país, o que gerou uma redução de desperdício de R$ 354 milhões para o SUS.
A iniciativa reduziu em 55% % o número de infecções adquiridas por pacientes internados em UTI, salvando 2.687 vidas. Os três principais tipos de IRAS — IPCSL, PAV e ITU-AC — apresentaram uma redução de 46, 52 e 68%, respectivamente.
Guilherme Cesar Silva Dias Santos - Coordenador de Projetos
Andreia Lopes de Lima - Consultora Técnica
Lais Silvestre Bizerra Baltazar- Consultora Técnica
Natalia Nardoni - Consultora Técnica
Camila Bertoldo Pinheiro - Médica Consultora Infectologista
Graziella Pacheco Velloni - Médica Consultora Intensivista Pediátrica e Neonatal
Livia Muller Bernz - Médica Consultora Intensivista Adulto
Regielle de Almeida Perez Oliveira - Assistente de Projetos
Dante Dianezzi Gambardella - Gerente Executivo PROADI
Rodrigo Quirino dos Reis - Gerente Escritório de Projetos PROADI
Priscila Rosseto de Toledo - Gerente Executiva Qualidade, Segurança e Práticas Assistenciais
Bianca Grassi de Miranda - Gerente Executiva de Praticas Médicas e Relacionamento com Corpo Clínico
Renato Jose Vieira - Diretor Executivo Médico e Desenvolvimento Técnico
Daniele de Souza Braz - Coordenação Projetos de Filantropia
Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES).
Departamento Hospitalar e Urgências (DAHU)
Coordenação Geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar (CGAHD)
Cristiana Martins Prandini - Coordenadora de Projetos
Andrea Gushken - Médica Consultora Especialista em Ciência da Melhoria
Ingvar Ludwig - Médico Consultor Infectologista
Érica Deji Moura Morosov - Especialista de Projetos
Marcelo Romano - Médico Consultor Itensivista
Marianilza Lopes - Especialista de Projetos
Samara de Campos Braga - Especialista de Projetos
Natalia Souza de Melo - Especialista de Projetos
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.Karen Cristina da Conceição Dias Silva - Coordenador de Projeto
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Claudia Garcia de Barros - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Flavia Fernanda Franco – Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Roberta Gonçalves Marques - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Priscila Martini Bernardi Garzella - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Youri Eliphas Almeida - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Vinicius Farias Macari - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Lital Moro Bass - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Leonardo Henrique Fiuza de Meireles - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Edgar Joseph Kiriyama - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Nancy Oliveira dos Santos - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES)
Rafaela Moraes de Moura - Coordenação do Projeto
Aline Brenner - Responsável Técnica
Patrícia dos Santos Bopsin - Consultora Técnica
Juliana Fernandes da Silva - Consultora Técnica
Francielle Bendersky Gomes - Consultora Técnica
Patrick Jacobsen Westphal - Fisioterapeuta
Gynara Rezende Barbosa - Médica Infectologista
Fabiane Marins de Almeida - estagiária enfermagem
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Marco Antônio Saavedra Bravo - gerente de projeto
Renata Gonsalez dos Santos - coordenadora HUB
Amanda Brassaroto Gimenes - ESPECIALISTA TÉCNICA
Beatriz Ramos - ESPECIALISTA TÉCNICA
Jessica Alves Vieira - ESPECIALISTA TÉCNICA
Edileusa Novaes - ESPECIALISTA MELHORIA
Guilherme Fragoso de Mello - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Brunno Cesar Batista Cocentino - MÉDICO INFECTOLOGISTA
Alexandra Daniel - CONSULTORA MÉDICA
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