Resumo

Historicamente, o Brasil enfrenta um problema crônico de acesso à saúde, havendo uma grande diferença na quantidade de médicos por habitante. Além disso, as causas de morte relacionadas a doenças cardiológicas e neurológicas correspondem a 30% de todos os óbitos no país. (Dados do DATASUS 2020)

A telemedicina, ao promover a transferência de conhecimentos de um centro de excelência para qualquer instituição com menos recursos, está alinhada aos princípios de equidade, universalidade e igualdade, tão claros no SUS. 

Essa tecnologia compreende a oferta de serviços em saúde nos casos em que a distância e o tempo são fatores críticos, usando tecnologias de informação e de comunicação para a troca de informações válidas para o diagnóstico e o tratamento de doenças, além da educação permanente dos profissionais envolvidos, pesquisas e avaliações.


Introdução

O projeto busca aplicar os recursos da telemedicina no apoio diagnóstico e terapêutico de pacientes em emergências cardíacas e neurológicas por meio da transferência de conhecimento do Hospital Israelita Albert Einstein para serviços do SUS na região norte.

A iniciativa tem o potencial de diminuir a morbidade, as sequelas e a mortalidade dessas doenças, além de reduzir o tempo para o atendimento e tratamento indicado, o tempo de permanência dos pacientes nas unidades de urgência e o número de internações e transferências desnecessárias, o que possibilita a redução de gastos. 

O projeto também capacitará profissionais da saúde na utilização da telemedicina. Os profissionais que atingirem a meta mínima de aproveitamento — ou seja, que concluírem o treinamento e-learning e cumprirem o mínimo de acionamento na modalidade “tele interconsulta síncrona” para discussão de casos neurológicos e cardiológicos com a Telemedicina Einstein — devem ganhar um certificado de conclusão.

Os acionamentos síncronos não estão limitados à certificação. Assim, é possível que os profissionais realizem o contato com a Telemedicina Einstein para atendimento guiado com neurologistas e cardiologistas sempre que identificarem casos pertinentes.

A expectativa é que o projeto se estenda a outros serviços da região norte não contemplados neste primeiro momento, consolidando e expandindo o uso da telemedicina no SUS.


Métodos

Será implementado um sistema de telemedicina para a capacitação de médicos emergencistas no apoio ao suporte diagnóstico e terapêutico às urgências e emergências cardiológicas e neurológicas em 30 hospitais definidos pelas Secretarias Estaduais de Saúde (SES), que integram a Rede de Urgência e Emergência (RUE), em pelo menos uma macrorregião (MR) de cada SES da região norte. 

A escolha respeitará os critérios de elegibilidade pré-estabelecidos. As instituições devem ser, preferencialmente, hospitais próprios das SES, de abrangência regional, carentes de especialistas em cardiologia e neurologia, infraestrutura para atendimento de emergências cardiológicas e neurológicas, infraestrutura mínima para conectividade, com quantitativo de atendimentos em emergências cardiológicas e neurológicas e preferencialmente em Regiões de Saúde (RS) com Planificação da Atenção à Saúde ou PlanificaSUS.

O serviço será prestado por meio do suporte em tempo integral — ou seja, 24 horas por dia, nos 7 dias da semana — de médicos cardiologistas e neurologistas, contando, ainda, com um treinamento de capacitação e discussão de casos clínicos baseados em temas assistenciais.

A capacitação da equipe médica será realizada por meio de um treinamento em formato de aulas online. Os temas devem discorrer sobre condutas de urgência e emergência cardiológicas e neurológicas, além de ensinar as melhores práticas assistenciais, conforme temas clínicos e evidências científicas atualizadas.

Temas cardiológicos

  • Insuficiência cardíaca aguda descompensada (ICAD);
  • Síndrome coronariana aguda;
  • Crises hipertensivas;
  • Tromboembolismo pulmonar (TEP);
  • Pericardite e miocardite aguda. 
  • Temas neurológicos

  • Acidente isquêmico transitório (AIT);
  • Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI);
  • Acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH);
  • Transtornos delirantes;
  • Crise convulsiva.
  • Além do certificado de conclusão do treinamento, os temas clínicos serão disponibilizados para as instituições envolvidas no projeto. O treinamento ficará disponível na íntegra para consulta a qualquer momento.


    Equipe

    • Hospital Israelita Albert Einstein

      Liderança

      Carlos Henrique Sartorato Pedrotti - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Lattes - LinkedIn 

      Flavio Tocci Moreira - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Lattes - LinkedIn

      Renata Albaladejo Morbeck - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Lattes - LinkedIn


      Equipe

      Andreza Fernanda Faes - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - LinkedIn

      Celiza de Fatima Goularte - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - LinkedIn

      Marco Antonio dos Santos - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - LinkedIn

      Roberta Aparecida Rezende - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - LinkedIn

      Ana Eliza Acerbi Sarti - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Lattes - LinkedIn


      Colaboração

      Área Técnica

      Departamento de Saúde Digital

      Atenção a Saúde - Conselho Nacional de Secretários de Saúde


    Indicadores

    430
    Quantidade de atendimentos
    realizados

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