O ambiente é apontado como importante reservatório de microrganismos, especialmente os multirresistentes (MR) que, muitas vezes sobrevivem por tempo prolongado nas superfícies (grades de cama, painéis de ventilador mecânico, maçanetas das portas, teclados de computadores), principalmente, se neste ambiente, houver matéria orgânica que favorece a proliferação de microrganismos. Especialistas da ANVISA e experts que trabalham em Prevenção e Controle de Infecção ainda percebem a necessidade de entender o impacto do ambiente sobre as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) inclusive no que concerne ao uso de saneantes.
O ambiente assistencial têm se mostrado um importante reservatório de microrganismos como bactérias (por exemplo: S.aureus oxacilino resistente - SAOR, Enterococcus spp resistente à vancomicina - ERV, Clostridium difficile, Acinetobacter baumannii, e outros) além de alguns vírus e fungos porém, a presença destes agentes em objetos ou superfícies não é suficiente para a transmissão da infecção sendo provavelmente necessário, o contato direto do paciente com a superfície e/ou também o contato por meio das mãos dos profissionais de saúde.
Este projeto vai acontecer em três etapas sendo a primeira uma revisão sistemática da literatura sobre os principais aspectos da sobrevivência dos microrganismos no ambiente e potencial transmissibilidade. A segunda e terceira etapas pretendem abordar e compreender a respeito da estrutura básica dos serviços de Higiene e Limpeza dos hospitais que já participam do Projeto Impacto MR, avaliar as práticas de higiene e limpeza ambiental "in loco" nas 50 UTIs cadastradas no Projeto Impacto MR e por fim, caracterizar biofilmes bacterianos em diferentes ambientes/superfícies de UTI (40 amostras de cada UTI) e a eventual contaminação de saneantes comumente utilizados na rotina de higienização o de ambientes.
O objetivo do projeto é oferecer respostas técnicas a questionamentos de interesse público apresentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), relacionadas à higiene ambiental e uso de saneantes no ambiente hospitalar, mapear as práticas de higiene ambiental e uso de saneantes, bem como conhecer o perfil de contaminação (biolfilmes) de ambientes e produtos utilizados na limpeza e desinfecção dos mesmos, nas UTIs brasileiras.
O ambiente é apontado como importante reservatório de microrganismos, especialmente os multirresistentes (MR) que, muitas vezes sobrevivem por tempo prolongado nas superfícies (grades de cama, painéis de ventilador mecânico, maçanetas das portas, etc), principalmente, se neste ambiente, houver matéria orgânica que favorece a proliferação de microrganismos. Especialistas da ANVISA e experts que trabalham em Prevenção e Controle de Infecção ainda percebem a necessidade de entender o impacto do ambiente sobre as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) inclusive no que concerne ao uso de saneantes e o que fazer para evitar estes reservatórios de infecção.
Apesar do ambiente assistencial se mostrar um importante reservatório de microrganismos a presença destes agentes em objetos ou superfícies não é suficiente para a transmissão da infecção sendo provavelmente necessário, o contato direto do paciente com a superfície e/ou o contato por meio das mãos dos profissionais de saúde.
As áreas próximas ao paciente podem estar bastante envolvidas na manutenção e transmissão de microrganismos que são dependentes da movimentação do profissional entre áreas distintas (o ambiente de assistência/o cuidado a ser prestado e as áreas próximas ao paciente) e as tarefas executadas nessas áreas.
Além disto, os saneantes utilizados para a limpeza e desinfecção das superfícies, caso escolhidos, diluídos ou utilizados de forma inadequada podem impactar na manutenção dos microrganismos nas superfícies.
O objetivo do projeto é oferecer respostas técnicas a questionamentos de interesse público apresentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), relacionadas à higiene ambiental e uso de saneantes no ambiente hospitalar, a partir da revisão da literatura científica, do mapeamento das práticas de higiene ambiental e uso de saneantes, bem com do perfil de contaminação (biolfilmes) de ambientes e produtos utilizados na limpeza e desinfecção dos mesmos, nas UTIs brasileiras.
Os resultados serão apresentados em eventos científicos e publicados em periódicos médicos. Conforme legislação PROADI vigente, a entrega dos resultados se dará primeiramente para a ANVISA e MS antes de publicação em congressos nacionais/internacionais ou publicação de artigos. Todos os artigos destacarão o patrocínio PROADI e a participação da ANVISA no projeto.
Relatórios semestrais de seguimento serão apresentados à ANVISA/MS, conforme previsto na atual legislação. Com a devida anuência da ANVISA, pretende-se organizar devolutiva para as UTIs participantes. Será elaborado, tanto na ETAPA II (mapeamento dos processos e práticas) quanto na ETAPA III (mapa de biofilmes e contaminação de saneantes), relatório informativo individual (por instituição) para que possa ser utilizado localmente, em processos internos de melhoria. Reuniões e apresentações periódicas dos resultados aos técnicos da ANVISA e do MS deverão ocorrer, ao longo de todo o processo, com periodicidade trimestral. Está prevista a realização de uma oficina nacional, com a rede de Hospitais Sentinela da ANVISA, para a apresentação dos resultados finais do presente projeto.
Material de divulgação dos resultados do estudo, com teor técnico, também será elaborado (sob a forma de Infográficos e/ou vídeo curto) para gestores e profissionais de saúde com divulgação em mídias sociais. Divulgação conjunta com os resultados do estudo principal também está prevista.
A base de dados gerada estará disponível e será entregue ANVISA e Ministério da Saúde, ao final do estudo. A titularidade dos direitos patrimoniais advindos das pesquisas científicas, dos programas desenvolvidos, bem como dos resultados tecnológicos decorrentes dos recursos do projeto de apoio referentes ao Proadi-SUS será do Ministério da Saúde, respeitados os direitos morais do autor quando da finalização do projeto, nos termos da Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Dr. Adriano José Pereira - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Lattes