Desenvolvimento de células CAR-T para tratamento de neoplasias B malignas
Desenvolvimento de células CAR-T para tratamento de neoplasias B malignas CAR-T 2018-2020
Resumo
Sobre o Projeto
Equipe
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Resumo
Sobre o Projeto
Equipe
Resumo
Entre os pacientes com neoplasias recidivadas e refratárias, a terapia celular é uma nova imunoterapia que se mostrou promissora em estudos pré-clínicos e clínicos iniciais. Esta terapia permite que os linfócitos T de um paciente sejam geneticamente modificados para reconhecer antígenos associados a tumores (por exemplo, CD19). Atualmente, as células CAR-T mais bem estudadas e clinicamente validadas reconhecem o CD19, uma molécula da superfície celular em células B e malignidades de células B. Uma série de ensaios clínicos usando células quiméricas – CAR-T (Chimeric Antigen Receptor – T cells) anti-CD19 em leucemia linfoide aguda demonstraram respostas sustentadas em pacientes com doença avançada (2–5) criando uma alternativa de tratamento para o câncer. O presente projeto irá desenvolver uma tecnologia para a produção nacional de células CAR-T em sistema fechado, em pontos críticos do processo de manufatura, avaliando a qualidade do produto final, seu custo final estimado e viabilidade para uso em estudo clínico futuro.
Introdução
A despeito dos avanços no diagnóstico, dos avanços atingidos com transplante de medula e das melhorias nas combinações de quimioterapias, o prognóstico em pacientes com leucemias agudas redicivantes e refratárias é desanimador sem um esquema de quimioterapia de resgate satisfatório na maioria das vezes. No caso da leucemia linfoide aguda (LLA) em adultos, por exemplo, o prognóstico não mudou significativamente nas últimas duas a três décadas e as taxas de cura são limitadas a 30% a 40% dos casos. Cerca de 10% dos pacientes adultos com LLA são inicialmente refratários à terapia de indução e mais de 50% dos pacientes que alcançam uma remissão completa recaem. Este grupo de pacientes tem um prognóstico sombrio, com taxa de sobrevida em 5 anos em torno de 10% (11). Assim, há uma permanente necessidade de busca por novas linhas terapêuticas e, neste contexto, a imunoterapia tem sido uma alternativa promissora de tratamento para estes pacientes. Células CAR-T efetivas no tratamento do câncer devem ser capazes de atingir as células tumorais, reconhecer o antígeno cognato do CAR para ativar as células T, evitar a inativação pelo microambiente imunossupressor local, proliferar, ativar resposta citotóxica dirigida por tumor e, idealmente, formar memória, evitando assim a recorrência do tumor. Este projeto trará o desenvolvimento de uma nova tecnologia, ainda inédita no país, para a manipulação de células T em sistema fechado, obedecendo as diretrizes de Boas Práticas em Células Humanas para Uso Terapêutico e pesquisa clínica. A aquisição dessa nova competência permitirá a produção em escala de células CAR-T em território nacional, resultando no oferecimento de uma alternativa terapêutica mais acessível para pacientes com leucemias e linfomas refratários, sem perspectivas de tratamento.
Métodos
Este estudo foi recentemente aprovado pelos orgãos competentes e ainda está em fase inicial de execução.
Fernanda Pahim Santos - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Linkedin
Flavia Pereira de Carvalho - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Linkedin Luana Vanessa Lopes Francisco - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Linkedin Renato Tanjoni - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Linkedin
Kauê Kamia de Menezes - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Linkedin
Área Técnica
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE)