No Brasil, as doenças cerebrovasculares constituem a segunda causa de morte ajustada por idade. Segundo estudos, a hipertensão arterial representa o principal fator de risco para o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Um relatório da American Heart Association chamou a atenção para a necessidade, em nível global, de novos estudos para identificação do nível da pressão arterial adequado para prevenção de eventos cardiovasculares em pacientes com história de AVC. Essa questão não foi esclarecida por pesquisas anteriores, especialmente em países em que as consequências da hipertensão arterial são bastante negativas, como no caso do Brasil.
Atualmente, para pacientes já hipertensos, é recomendado manter a pressão arterial abaixo de 140 x 90 mmHg. Porém, estudos recentes já demonstram que manter níveis mais baixos com pressão arterial sistólica < 120 mmHg é benéfico para pacientes hipertensos sem história de AVC. Resta a dúvida se este nível de pressão mais baixo também é benéfico em pacientes que tiveram um AVC isquêmico.
Para responder tal questão, o estudo OPTIMAL-AVC está comparando um grupo de pacientes sorteados para manter um nível de pressão arterial sistólica < 120 mmHg com outro grupo sorteado para manter um nível de pressão < 140 mmHg e avaliar se manter o nível de pressão mais baixo reduz o número de casos de morte por causas cardiovasculares, infarto e AVC. O estudo OPTIMAL-AVC será o maior estudo realizado com o objetivo de determinar qual o melhor nível de pressão arterial em pacientes com AVC e pressão alta.
As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sendo responsável por 40% das mortes por acidente vascular cerebral (AVC) e 25% dos óbitos por infarto. Muitos dos pacientes com hipertensão também possuem diabetes, outro fator de risco para as doenças cardiovasculares. Dados do Vigitel 2016, iniciativa do Ministério da Saúde para monitorar fatores de risco na população brasileira, reforçam a tendência do crescimento do número de portadores de hipertensão observado na última década. Neste período, o diagnóstico médico de hipertensão cresceu de 22,5% em 2006 para 25,7%. Esses dados sinalizam que as medidas implementadas na tentativa de diminuir esses números, infelizmente, não foram eficazes. Portanto, para se reduzir o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares na população brasileira, é preciso haver estratégias efetivas de controle dos níveis de pressão arterial.
Atualmente, para pacientes já hipertensos, é recomendado manter a pressão arterial abaixo de 140 x 90 mmHg. Porém, estudos recentes já demonstram que manter níveis mais baixos com pressão arterial sistólica < 120 mmHg é benéfico para pacientes hipertensos sem história de AVC. Resta a dúvida se este nível de pressão mais baixo também é benéfico também em pacientes com história de AVC isquêmico.
Para responder tal questão, o estudo OPTIMAL-AVC está comparando dois níveis de pressão arterial sistólica em pacientes hipertensos e com história de AVC isquêmico e avaliando se o nível de pressão mais baixo (< 120 mmHg) reduz o número de eventos cardiovasculares, como morte por causas cardiovasculares, infarto e AVC, comparado com o nível de pressão atualmente recomendado (< 140 mmHg). O estudo OPTIMAL-AVC será o maior estudo realizado com o objetivo de determinar qual o melhor nível de pressão arterial em pacientes com história de AVC e pressão alta.
Critérios de Exclusão:
c) Intervenções:
No grupo intervenção, o objetivo do tratamento é atingir uma meta de PAS < 120 mmHg. No grupo controle, o objetivo do tratamento é atingir uma meta de PAS < 140 mmHg. Em ambos os grupos, medicações anti-hipertensivas que tem relação comprovada com a redução de eventos cardiovasculares, como diuréticos tiazídicos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e bloqueadores do canal de cálcio (BCC), entre outras, são utilizadas como parte da intervenção para atingir a meta pressórica.
d) Desfechos:
e) Seguimento dos pacientes:
Os pacientes são acompanhados por um tempo mínimo de 36 meses e máximo de 48 meses (tempo médio de 42 meses).
O projeto OPTIMAL-AVC foi iniciado em agosto de 2019 e conta com 25 centros de pesquisa parceiros em quatro regiões do Brasil.
Inclusão e seguimento dos participantes:
A divulgação dos resultados do estudo está prevista para 2024.
Ronaldo Soares– Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Diogo Moia – Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Maura Lapa – Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Kleber Castilho – Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Carla Palumbo – Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Fernando Galan – Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Roberta Momesso– Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Roberta Possato – Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Luciana De Piano– Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Fabiana Sola– Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Gislaine Mancin- Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Equipe do Instituto Israelita de Responsabilidade Social (IIRS):
Fernanda Pahim Santos - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Linkedin
Flavia Pereira de Carvalho - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Linkedin
Renato Tanjoni - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP - Linkedin
Jaqueline Teixeira - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP
Caso queira saber maiores informações sobre o projeto, por favor entrar em contato com:
Fabiana Sola - fabiana.sola@einstein.br
Gislaine Mancin- gislaine.mancin@einstein.br