Dia 05 de maio comemora-se o Dia Mundial de Higienização das Mãos – uma das formas mais simples, econômicas e eficazes para salvar vidas. Durante a pandemia de Covid-19, a higienização das mãos se tornou ainda mais importante no combate à doença, pois ajuda a evitar a transmissão de doenças respiratórias (gripes e resfriados) e infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), por exemplo.
A prática é tão relevante que o projeto “Saúde em Nossas Mãos – Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”, focado na implementação de diretrizes para reduzir infecções por meio de medidas que aumentam a segurança do paciente nas instituições públicas, entre elas, a higienização das mãos, já salvou mais de 2.680 vidas, reduziu em 53% as principais IRAS, resultando em uma economia de R$354 milhões ao Sistema Único de Saúde em três anos. A iniciativa é do Ministério da Saúde, que acontece por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), e é conduzida de maneira colaborativa entre seis hospitais – Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC); Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência (BP); Associação do Sanatório Sírio – Hospital do Coração (Hcor); Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein (HIAE); Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês (HSL) e Hospital Moinhos de Vento (HMV) –, com o apoio técnico do Institute for Healthcare Improvement (IHI).
Confira o que dizem os hospitais do SUS que participam do projeto:
As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são ambientes de risco onde dispositivos invasivos são necessários para a manutenção da vida. Alguns desses dispositivos, no entanto, podem aumentar a chance de infecções e riscos aos pacientes e um dos aspectos críticos para mitigar tais riscos está na prática frequente de higienizar as mãos antes e após o manuseio de qualquer dispositivo. Higienizar as mãos é um cuidado que vale tanto para os profissionais da saúde quanto aos familiares e amigos que permanecem auxiliando os pacientes durante sua permanência no ambiente hospitalar.
No caso do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, de Salvador (BA), que ingressou no primeiro triênio, algumas tentativas de melhoria voltadas a infecções hospitalares já haviam sido realizadas, mas não geraram resultados significativos. “Vimos no projeto uma oportunidade única de aumentar a segurança do paciente de forma permanente”, relata Monalisa Viana Sant’Anna, Chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do hospital.
Ainda ressalta que a alta liderança é fundamental para o sucesso do projeto. “Implementamos visitas mensais da alta liderança às UTIs do hospital, para que pudessem entender os desafios da equipe da linha de frente. No encontro, a equipe apresentava os indicadores e o que tem sido feito por meio do PDSA (um método iterativo de testar melhorias em quatro passos: planejar, executar e checar e agir) para a garantia dos resultados. A própria equipe é responsável por cobrar a alta gestão para que consigam manter os indicadores”, explica Monalisa.
Com a pandemia de Covid-19, o projeto teve que se adaptar e passou a fazer as reuniões via lives. “Pudemos consultar especialistas que atuam em hospitais de referência, como o Hcor - a troca de experiências é muito produtiva para encontrar soluções simples, mas muito efetivas”, completa Monalisa.
No caso do Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch de M’Boi Mirim, São Paulo (SP), que ingressou no novo triênio do projeto, a expectativa é melhorar os seus indicadores com relação às IRAS. “Fazer parte desse projeto será importante para aumentar a segurança de nossos pacientes por meio da troca de experiências”, afirma Lizzie Erthal, coordenadora da Divisão de Práticas Médicas e Assistenciais, Controle de Infecção, Qualidade & Segurança.
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