Projeto do PROADI-SUS desenvolve aparelho inovador 3D que otimiza a intubação de pacientes com COVID-19 na rede pública
Projeto do PROADI-SUS desenvolve aparelho inovador 3D que otimiza a intubação de pacientes com COVID-19 na rede pública
Com auxílio de uma impressora 3D, alunos do projeto Residências criaram um videolaringoscópio (VLS) de baixo custo, que vai ajudar médicos do SUS no manejo de pacientes graves da COVID-19
Dois médicos residentes em anestesiologia do Hospital Sírio-Libanês, alunos do projeto Residências, do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), criaram uma solução inovadora para realizar a intubação de pacientes com COVID-19 com mais segurança e agilidade. Os residentes desenvolveram um videolaringoscópio (VLS) de baixo custo com ajuda de uma impressora 3D, para um trabalho de conclusão de curso (TCC).
O equipamento é considerado padrão ouro para pacientes com COVID-19, pois diminui o tempo de exposição do médico ao vírus e garante que o oxigênio chegue ao paciente de forma mais rápida. No entanto, o alto custo de produção e manutenção dos aparelhos tradicionais, que beira os R$ 20 mil por unidade, limita a possibilidade de implementar esse recurso em larga escala no SUS, o que motivou os residentes a criar uma alternativa de baixo custo e que possa ser expandida para instituições de saúde em todo o Brasil.
Expandindo a iniciativa
Com orientação da Dra. Cláudia Simões, os residentes buscaram parcerias estratégicas para colocar a ideia em ação. Foi firmada uma parceria com uma empresa especializada em impressões 3D, e também parcerias com pesquisadores do Hospital das Clínicas de São Paulo, além do apoio de médicos do corpo clínico do Sírio-Libanês. O resultado não poderia ter sido mais animador: após diversas testagens, os residentes conseguiram adaptar em três meses o equipamento para uma versão nacional com custo aproximado de R$ 200.
Segundo o Dr. Lucas Rodrigues, um dos criadores do VLS 3D, o projeto está na fase final de testes. “Estamos aguardando a aprovação final do INMETRO e da ANVISA. Já temos 2 mil unidades do VLS prontos, e além do Hospital das Clínicas, estamos mapeando outras instituições públicas de saúde que necessitam do equipamento, considerando seus números de casos de COVID-19 e de profissionais treinados”.
O Dr. Lucas Rodrigues complementa. “Este é um projeto Open Source (código aberto, em inglês), e colaborativo que pode ser aprimorado continuamente, mas nosso maior objetivo agora é fazer a distribuição rapidamente, e assim, beneficiar a maior quantidade de profissionais de saúde e pacientes do SUS”.