Com foco na segurança do paciente no SUS, o projeto Qualiti Hospitalar, realizado pelo HCor via PROADI-SUS, reduziu significativamente os erros relacionados a prescrição e manuseio de medicamentos nos 12 hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) acompanhados durante o triênio 2018-2020.
Além dos impactos na saúde do paciente, os erros de medicação podem aumentar o tempo de permanência dos pacientes em hospitais, o que desencadeia o aumento de custos. Por isso, a iniciativa visa auxiliar hospitais do SUS a implantar protocolos de segurança do paciente, utilizando a metodologia de Ciência da Melhoria, com o propósito de incorporar melhores práticas no processo medicamentoso. A meta do projeto era reduzir em 50% os erros relacionados a medicamentos até outubro de 2020.
A reunião de encerramento do projeto teve a participação das equipes de 12 hospitais dos estados do Amapá, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia, além de representantes da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (SAES), do Ministério da Saúde.
Os principais resultados foram:
O projeto na prática:
Realizado em parceria com a Coordenação Geral de Atenção Hospitalar do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde, o projeto dá atenção especial às práticas de medicação, como explica Cristiana Prandini, líder do projeto no HCor. “As estratégias incorporadas pelas instituições para a prevenção de erros envolvendo esses medicamentos incluem a padronização da sua prescrição, a adoção de medidas de segurança na sua identificação e armazenamento, adequações para sua dispensação e preparo seguros, limitação do acesso a esses medicamentos, acesso às informações sobre esses medicamentos para profissionais e pacientes e a utilização da dupla checagem do preparo a administração” explica o especialista.
O compartilhamento do método foi essencial para o projeto, principalmente em assistência ao uso de medicamentos potencialmente perigosos. Por fim, sobre os resultados alcançados no triênio, o compromisso com a segurança do paciente é contínuo. Os hospitais públicos participantes têm a metodologia e ferramentas do trabalho dos últimos três anos para continuar contribuindo para a sustentabilidade desses resultados.