O “Lean nas Emergências” do PROADI-SUS utiliza metodologias de gestão para diminuição da superlotação em serviços de urgência e emergência, e será aplicado em mais 40 hospitais a partir de fevereiro
O projeto “Lean nas Emergências”, executado pelo Hospital Sírio-Libanês por meio do PROADI-SUS, anuncia os resultados do 3º ciclo. No período de julho a novembro de 2019, a superlotação dos serviços de urgência e emergência em 20 hospitais públicos teve uma redução de 43%. Além disso, houve redução de 39% no tempo de chegada em um leito de internação hospitalar, e 37% de redução do tempo de passagem de urgência até a alta, o que significa uma média de 12h a menos no pronto socorro.
A superlotação dos serviços de urgência e emergência em hospitais do SUS é um fator que impacta a vida dos pacientes. Além da longa espera, a superlotação causa outros problemas, como o aumento da média de permanência do paciente no hospital, desperdício de tempo e recursos e menor giro de leitos. O Lean nas Emergências utiliza metodologias estruturadas de gestão e otimização de recursos para mudar esse cenário.
Os destaques da etapa ficaram por conta do Hospital Regional do Cariri, no Ceará, que teve uma redução de 66% em seu índice de superlotação, além de 3% de queda no tempo médio de permanência do paciente no hospital. Já o Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em São Paulo, apresentou uma redução de 65% em seu índice de superlotação e queda de 14% no tempo médio de permanência no hospital.
A Superintendente de Responsabilidade Social do Hospital Sírio-Libanês, Vânia Bezerra, destaca o caráter transformador do projeto na cultura organizacional das instituições. “A otimização do tempo, recursos e espaços que o Lean traz, impacta não somente os resultados do hospital, mas também influencia a vida do paciente, ela permite um ambiente com processos organizados e ainda mais seguros, contribuindo para resgatar o propósito do trabalho desses profissionais de saúde”.
O Lean nas Emergências já passou por 57 hospitais em 20 estados brasileiros, e partir de fevereiro entra no 4º ciclo, onde será aplicado em 40 hospitais do SUS. Até o final do triênio, a expectativa é atingir 100 hospitais impactados pelas intervenções, e atingir a marca de 200 hospitais impactados pelo projeto.