Projetos do PROADI-SUS darão suporte estratégico no combate ao coronavírus no Brasil

Projetos do PROADI-SUS darão suporte estratégico no combate ao coronavírus no Brasil Projetos do PROADI-SUS darão suporte estratégico no combate ao coronavírus no Brasil

As ações foram demandadas pelo Ministério da Saúde e envolvem acompanhamento de pacientes via telemedicina e coleta de informações de pacientes suspeitos de COVID-19

Os hospitais membros do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) – Hospital Alemão Oswaldo Cruz, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês – estruturaram um plano de ação para atividades de suporte ao Sistema Único de Saúde (SUS) no combate ao COVID-19, doença causada pelo novo Coronavírus.

As iniciativas serão incorporadas em 38 projetos do PROADI-SUS já em andamento oferecendo suporte ao Sistema Único de Saúde (SUS) no combate à doença. Além disso, devem mobilizar um time de mais de 7 mil profissionais e impactarão cerca de 2.900 instituições de saúde em todos os estados brasileiros.

O carro-chefe dessa força-tarefa será a utilização de recursos de telemedicina para promover orientações aos profissionais de saúde sobre o cuidado de pacientes com COVID-19, além de realizar televisitas em ambientes de Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), como explica Sidney Klajner, Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. “Já executamos um projeto que dá suporte a UTIs do SUS por meio de atendimentos virtuais de médicos intensivistas, e agora daremos suporte para mais de 500 UTIs escolhidas pelo SUS como estratégicas para o enfrentamento do COVID-19. Dessa forma, os profissionais de saúde envolvidos em projetos do PROADI-SUS vão auxiliar profissionais de saúde da rede pública a promover a troca de dados e informações à distância”, destaca.

Bernardete Weber, Superintendente do HCor, explica que a instituição também lidera iniciativa neste sentido, por meio de apoio a instituições do SUS no esclarecimento de dúvidas e orientações com time dedicado de médicos e enfermeiros especialistas. “Médicos intensivistas do corpo clínico do HCor darão suporte a novos 100 leitos do SUS, utilizando recursos de telemedicina em visitas médicas virtuais diárias aos pacientes internados, além de apoio às Unidades de Terapia Intensiva (UTI) incluídas no projeto Saúde em Nossas Mãos, em decorrência do COVID-19”, afirma.

Já o Hospital Sírio-Libanês vai contribuir com as ações de telemedicina por meio do projeto Regula Mais Brasil, que já está em execução desde 2018. A iniciativa atua orientando profissionais de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na regulação das filas para consultas na Atenção Secundária à Saúde (especialistas). “Até então, nosso projeto fazia o atendimento a profissionais de quatro localidades: Porto Alegre, Belo Horizonte, Distrito Federal e Amazonas. Agora, no âmbito da pandemia do novo coronavírus, dará um importante suporte a profissionais de saúde de todo o País”, afirma Paulo Chapchap, diretor geral da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês. Além do canal de 0800 já utilizado pelo projeto, o telefone 136 do Ministério da Saúde também encaminhará chamadas relacionadas ao COVID-19 aos teleconsultores da instituição.

Além da telemedicina executada pelo grupo dos cinco hospitais, outros projetos darão suporte clínico e manejo de estratégias de prevenção e contenção do avanço da doença no país, como iniciativas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital Moinhos de Vento. As ações incluem produção de materiais informativos e orientações via EAD a profissionais, reforçando as diretrizes do Ministério da Saúde, que já participam de projetos de capacitação. “Disseminar orientações corretas nesse momento é fundamental. Portanto, iremos disponibilizar conteúdo alinhado às recomendações do Ministério da Saúde e demais autoridades sanitárias mundiais no combate à doença, garantindo que os profissionais da ponta no SUS tenham o conhecimento sobre a doença via plataformas virtuais”, explica Luciano Hammes, Superintendente de Educação, Pesquisa e Responsabilidade Social do Hospital Moinhos de Vento. A estimativa é de que mais de 1.500 profissionais da saúde sejam impactados diretamente pela inclusão de material informativo do novo coronavírus no conteúdo de seus cursos.

Coleta de dados para subsidiar o Ministério da Saúde

Os projetos do PROADI-SUS também darão suporte nos registros de dados clínicos de portadores do COVID-19, com coleta de informações de pacientes suspeitos ou diagnosticados com a doença em UTIs de cinco hospitais públicos que já integram uma das iniciativas do PROADI-SUS. Além disso, por meio do Programa, os hospitais darão apoio ao Consórcio Internacional de Infecções Respiratórias Agudas Graves (ISARIC) e Organização Mundial da Saúde (OMS) para coleta de dados do maior número possível de pacientes internados por COVID-19 suspeitos ou confirmados.

Apoio ao fluxo de pacientes em hospitais públicos

Algumas iniciativas também vão auxiliar na organização e otimização do fluxo em ambientes de urgência e emergência em hospitais públicos. Conduzido pelo Hospital Sírio-Libanês, o projeto Lean nas Emergências implementa metodologias que combatem a superlotação em ambientes de urgência e emergência. No contexto de combate ao COVID-19, onde a procura pelos serviços deverá aumentar substancialmente, haverá uma força-tarefa do projeto para intensificar orientações de fluxo nas emergências, com objetivo de otimizar toda a jornada do paciente dentro do serviço.

A Diretora-executiva de Responsabilidade Social do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Ana Paula Pinho, destaca o compromisso das instituições na atualização constante desse planejamento. “Vivemos um momento sem precedentes no Brasil, e como instituições de referência na saúde brasileira, temos a missão de contribuir com o fortalecimento, aperfeiçoamento e qualificação do SUS e os hospitais membros seguem em constante contato com o Ministério da Saúde para fornecer suas expertises para o suporte no atendimento de casos de COVID-19 no Brasil”, finaliza.



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