Resumo

O Sistema Único de Saúde (SUS), que se propõe a garantir a integralidade, enfrenta diversos desafios para poder atender a população de acordo com as necessidades de cada região do País. Nesse sentido, são destacados alguns aspectos, como as desigualdades das condições políticas, técnicas, financeiras e de necessidade de saúde dos municípios; particularidades nas relações estabelecidas entre estados e municípios; e a eficiência da gestão na aplicação de recursos financeiros em determinados territórios. 

Por isso, aplicar o conceito da regionalização é tão importante para combater as desigualdades existentes no sistema de saúde, pois visa alcançar o acesso equitativo aos recursos necessários para o enfrentamento a doenças, levando em consideração a situação de cada região, dadas as evidentes desigualdades territoriais e principalmente, sociais, existentes. 

O sistema público de saúde enfrenta dificuldades em exercer o controle das doenças e agravos prioritários com a falta ou insuficiência na integração destas políticas. Portanto, conhecer os conceitos de território e territorialização se faz primordial diante do cenário de prática e atuação da atenção primária, bem como a organização de ações integradas de trabalho considerando a transversalidade, desde o olhar sobre o território até a organização das linhas de cuidado.


Introdução

Diante deste cenário complexo, o projeto Saúde Redes se propõe a realizar apoio técnico e metodológico a gestores e equipes técnicas de saúde das regiões de saúde participantes, a partir da qualificação das ações de gestão do cuidado e com foco no fortalecimento e consolidação do processo de regionalização. Para esse projeto, foram contemplados municípios de pequeno porte de quatro regiões de saúde compostas, predominantemente, por municípios de até 40.000 habitantes dos seguintes estados: Acre, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraíba.  

A iniciativa visa a aplicação dos princípios estruturantes das Redes de Atenção à Saúde, que promovem o compartilhamento de informações entre as unidades, priorização de demandas, adequação às necessidades e a continuidade assistencial com foco na equidade, necessidade dos usuários, eficiência e qualidade dos serviços prestados.

Para atingir os objetivos propostos, o projeto foi estruturado em 3 eixos: Gestão, Educação, e Produção do Conhecimento. Confira abaixo. 

  • Eixo Gestão: visa oferecer assessoramento técnico para o desenvolvimento dos Planos de Integração do Cuidado nas regiões de saúde definidas. Este assessoramento baseia-se nos referenciais de apoio institucional e da produção de interferências nos territórios, consequência de reflexões e formulações que foram construídas no âmbito da Especialização ‘Processos e Ferramentas para Integração e Sinergia nos Projetos no SUS’, do projeto Rede Colaborativa
  • Eixo Educação: tem o objetivo de oferecer apoio teórico, técnico e metodológico para fortalecer e implementar linhas de cuidado priorizadas pelo território no processo de Planejamento Regional Integrado (PRI), com ênfase nas características sanitárias das regiões compostas por municípios de pequeno porte. 
  • Eixo Produção do Conhecimento: ao longo do desenvolvimento da iniciativa, os conhecimentos e experiências vivenciadas serão compartilhados para futuras melhorias em demais regiões. 
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    Justificativa e relevância do projeto para o SUS

    O Saúde Redes busca agregar valor ao desenvolvimento institucional do SUS considerando que atuará na melhoria da qualidade da atenção à saúde em municípios de pequeno porte por meio da qualificação dos profissionais envolvidos na rede de atenção à saúde e do apoio aos espaços de governança com foco no engajamento dos atores e fortalecimento dos processos vinculados ao planejamento regional. Além disso, o projeto contribui para maior efetividade e segurança na construção do cuidado em saúde. 


    Métodos

    Considerando o período de execução do projeto e a capilaridade das ações nos territórios, as regiões incluídas terão, preferencialmente, até 10 municípios na sua composição. O processo formador acontecerá no formato de oficinas presenciais, com períodos de imersão e de dispersão. Estas oficinas, através de metodologias reflexivas e problematizadoras, serão mediadas por assessores matriciais e envolverão gestores e equipes técnicas da rede de saúde dos municípios que compõem as regiões definidas. 

    Serão abordados temas da gestão como: modelos atenção à saúde, modelo de integração de serviços de saúde, elementos conceituais da integração, coordenação de serviços sanitários, territorialização, linhas de cuidado, gestão da assistência farmacêutica, microrregulação, instrumentos tecnológicos e administrativos voltados à integração de serviços e governança da rede. 

    A região de saúde contará, ainda, com a atuação do Ativador Territorial, que promoverá a articulação das equipes das gestões municipais e de outros projetos que estejam sendo implementados regional ou macrorregionalmente. A iniciativa atua na identificação das especificidades e condições (técnicas, administrativas, éticas e políticas) para viabilização de um plano regional com foco na operação de gestão e coordenação assistencial das linhas de cuidado prioritárias para cada região em diálogo com o PRI.


    Equipe

    • Hospital Alemão Oswaldo Cruz

      Liderança

      Diretoria: Ana Paula Neves Marques de Pinho

      Gerência: Samara Kielmann Almeida dos Reis

      Coordenadora do Projeto: Lissandra Andion de Oliveira


      Equipe

      Analistas de Projeto:

      Perla Sachs Kindi

      Amanda Gabarron Perugine

       

      Assistente Administrativo:

      Clara Maria dos Santos Ferreira

       

      Assessores Técnico-pedagógicos:

      Anderson Torreão

      Cinthia Cristo

      Débora Alcantara

      Luciana Barros

       

      Especialistas Temáticos:

      Evelyn Inamorato

      Nilda Batista da Silva

      Patricia Silveira Rodrigues

       

      Ativadores Territoriais:

      Dhyekson Silva dos santos

      Leonardo Ramos Gomes

       

      Assessores Matriciais:

      João Felipe Marques

      Karen Rocha

      Sandro Terabe

      Valdeni Ciconello Neto


      Colaboração

      Hospital Sírio-Libanês

      Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS


      Área Técnica

      Coordenação de Articulação e Apoio à Regionalização no SUS – COAREG

      Coordenação-Geral de Articulação Tripartite – CGAT

      Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa – DGIP

      Secretaria Executiva – SE

      Ministério da Saúde

    • Hospital Sírio-Libanês

      Liderança

      .


      Equipe

      Colaboração

      Área Técnica

    Indicadores

    92
    Quantidade de profissionais
    envolvidos em atividades de gestão
    1690
    Profissionais
    capacitados

    Instituições

    • São Paulo

      hospital alemão oswaldo cruz dgits/sctie/ms
      hospital sirio libanes

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